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5 coisas que não sabia sobre a porcelana de Delft

Se já visitou uma cidade como Amesterdão ou Roterdão, na Holanda, provavelmente viu os mercados repletos de porcelana azul decorada com moinhos de vento, queijo, socas e outras imagens holandesas típicas. No entanto, existe uma grande diferença entre estes produtos “Azul de Delft” para turistas, produzidos em grande quantidade e baratos, e a verdadeira porcelana de Delft antiga, porcelana azul e branca brilhante, produzida à mão, profundamente enraizada na cultura e na história da Holanda. É esta porcelana de Delft, habitualmente com quase 400 anos de idade, que fascina os colecionadores de todo o mundo e que é muito mais lucrativa e requintada. Leia o nosso artigo para descobrir as razões.


Em colaboração com Leonne van Bakel- Especialista em antiguidades/cerâmica na Catawiki


Não é invulgar que a porcelana de Delft antiga seja vendida em leilão por milhares de euros. A porcelana de Delft é um símbolo de orgulho nacional para os holandeses e é possível acompanhar 400 anos da história da Holanda através do desenvolvimento destas peças de cerâmica ao longo dos séculos XVII (a chamada idade do ouro), XVIII e XIX, até aos dias de hoje. Juntamente com pintores famosos, como Rembrandt e Vermeer, a porcelana de Delft antiga é um símbolo da arte holandesa extremamente valorizado internacionalmente.

Aqui ficam 5 factos que provavelmente não sabia sobre a porcelana de Delft:

1. Foi inicialmente produzida numa tentativa de copiar a porcelana chinesa
Durante o início do século XVII, os tribunais europeus consideravam que ter porcelana azul e branca chinesa estava extremamente na moda. Mas esta porcelana muito procurada era fabricada utilizando “kaolien”, um ingrediente essencial que na altura não estava disponível na Europa. Ao procurarem uma alternativa para acompanhar a grande procura que existia no mercado, os oleiros de Delft, na Holanda, fabricaram uma cerâmica vidrada, com uma opacidade leitosa, muito semelhante à porcelana, que era depois pintada no estilo azul e branco oriental. Apesar dos fabricantes de Delft criarem frequentemente os seus produtos utilizando as formas e os padrões da porcelana chinesa, também fizeram algumas experiências com os seus desenhos, criando estilos e cenas holandesas, novos e originais.


2. Não apenas azul
Não demorou muito tempo até estas experiências levarem os oleiros a experimentar uma variada gama de cores nas suas criações. A técnica de baixo esmalte foi utilizada para ser possível obter diferentes tonalidades e efeitos. O vermelho era uma cor particularmente difícil de fabricar; era deixado um espaço em branco, por pintar, durante a primeira cozedura da cerâmica e o vermelho era aplicado posteriormente e cozido a uma baixa temperatura. Da mesma forma, os dourados podiam ser encontrados nos exemplares mais requintados e exigiam uma cozedura adicional.


3. Fabricado para Sua Majestade
Depois de casar com o holandês Guilherme de Orange (futuro Guilherme III), a rainha Maria II de Inglaterra chegou a Haia em 1677. Rapidamente se apaixonou pela porcelana oriental holandesa e encomendou inúmeros vasos e recipientes para os seus palácios holandeses de Honselaarsdijk e Het Loo e para a sua casa inglesa em Hampton Court. As peças mais famosas da sua coleção eram as “jarras de flores” (também conhecidas por “jarras de tulipas”), que eram empilhadas até uma altura considerável e formavam torres impressionantes. A rainha Maria era uma grande apreciadora de flores e fez muito para divulgar este tipo de jarras entre a nobreza inglesa e holandesa.


Direitos de autor: tichelaar

4. Não é apenas fabricada em Delft
O nome “porcelana de Delff” deriva da popularidade e sofisticação artística da famosa cerâmica vidrada que era produzida na cidade de Delft, na Holanda. No entanto, existiam outras cidades na Europa que também produziam este tipo de cerâmica ao longo do século XVIII, incluindo Londres, Bristol, Hanover, Rouen e outras cidades holandesas. Por volta de 1800, a procura diminuiu devido a uma situação económica complicada e à crescente popularidade da porcelana inglesa creamware, produzida em grandes quantidades, que era mais barata, mais forte e superior em termos de usabilidade.


5. É muito imitada
Foi o orgulho nacional holandês no final do século XIX que suscitou o interesse dos académicos pela porcelana de Delft mais antiga. Isto levou ao renascimento da popularidade da porcelana de Delft e não demorou muito tempo até que oleiros contemporâneos, como Boch Keramis na Bélgica e Samson em Paris, começassem a produzir réplicas que se assemelhavam muito à porcelana original. Estas reproduções também foram assinadas com marcas antigas e, como foram produzidas apenas 100 anos após a era original, é por vezes difícil distingui-las das peças originais. É preciso ter um olho apurado, de especialista.


Porcelana de Delft e a Catawiki
Atualmente, a porcelana de Delft é muito popular e ainda é produzida na Royal Delft. No entanto, existem muitas outras fábricas mais pequenas que produzem produtos mais baratos e de qualidade inferior para o mercado turístico, que pode ter um aspeto semelhante, mas muitas vezes não é feita à mão ou fabricada em Delft. Estas peças são frequentemente chamadas de “Azul de Delft”. Na Catawiki, os nossos especialistas têm um olho treinado para garantir que no nosso leilão apenas é vendida a porcelana de Delft mais bonita, autêntica e original.

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